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Agronomia IDEAU realiza a tradicional viagem de reconhecimento de solos do Rio Grande do Sul
Nos dias 23, 24 e 25 de abril, ocorreu a viagem de reconhecimento de solos do Rio Grande do Sul de acadêmicos das turmas III e IV do curso de Agronomia, sob a coordenação do Professor e Coordenador do curso, Ernane Ervino Pfüller, acompanhado pelas professoras Paloma Sexto e Elisandra Urio.
A saída ocorreu às 4h30min do dia 23, em frente ao Campus II da Faculdade IDEAU. Durante a manhã foi visitado o planetário da UFSM, onde todos puderam assistir projeção sobre o planeta Marte. Após, conheceu-se o Campus da Universidade, com seus diversos espaços de pesquisa em Agronomia. No início da tarde o roteiro seguiu com visita ao Campus da UFSM, incluindo as áreas experimentas da agronomia. Na área do Departamento, o professor Ernane realizou uma leitura de um perfil de solo.
A viagem seguiu com visita ao museu de solos da Universidade onde há perfis montados de todos os tipos de solos existentes no Rio Grande do Sul. O Prof. Ricardo S. D. Dalmolin recebeu os visitantes e deu explicações de todo o processo de formação dos solos no estado mencionando os derrames de lavas que formaram as rochas basálticas e a deposição de arenitos, em camadas seqüenciais. Em seguida, visitou-se alguns laboratórios de pesquisa do curso de Agronomia, conhecendo-se equipamentos específicos para diversas determinações como: de cromatografia gasosa, espectofotometro de absorção atômica, etc.. na sequencia, a turma dirigiu-se ao laboratório de análise de solos da UFSM, onde pode acompanhar todo o procedimento para realização da análise de solo para fins de fertilidade, desde a recepção e identificação da amostra até a emissão da análise com a quantificação dos elementos medidos.
No dia 24, pela manhã, visitou-se locais onde ocorreram fósseis vegetais na cidade de Mata, incluindo-se visitação ao museu da cidade. Na sequencia foi feita uma parada as margens da rodovia para leitura de um perfil de solo. O professor Ernane orientou a leitura e deu explicações acerca de como proceder na identificação de um solo, desde a escolha do perfil a ser lido e a necessidade da limpeza do perfil para visualização das características morfológicas, a identificação do perfil diagnóstico e a leitura propriamente dita. Também foi feito teste de textura a campo esfregando uma porção de solo úmido entre o polegar e o indicador para percepção de sensação de pegajosidade da argila, sedosidade do silte e aspereza da areia. Estes procedimentos foram repetidos em todas as leituras de perfis, em cada perfil também foi feita a leitura de parâmetros para fins de classificação do solo quanto a sua aptidão e uso para fins agrícolas. Foram lidos: declividade do terreno, profundidade efetiva de raízes, risco de inundação, pedregosidade e grau de degradação. A professora Paloma contribuiu com informações adicionais ao grupo de alunos atentos às atividades.
A viagem seguiu pela região da campanha sendo sempre feita a leitura da paisagem através das janelas do ônibus, acompanhada de algumas explicações sobre a recomendação de plantio de culturas anuais,ou perenes, com ou sem restrições, sendo esta leitura também realizada em cada perfil.
Próximo a Livramento, observou-se a cultura do arroz irrigado. Os solos estavam visivelmente encharcados denotando presença de horizonte argiloso, logo abaixo ao horizonte A, que oferece impedimento a infiltração da água. Foi comentado que nesses solos se recomenda o plantio de arroz irrigado que se adapta bem a esta condição, sendo que soja e milho tem dificuldade de se desenvolver devido a falta de oxigênio nas raízes ocasionada pelo encharcamento. A viagem seguiu com a leitura da paisagem, observando-se processo de degradação do solo com presença de vossorocas e processo de arenização, chegando até Santana do Livramento, município no qual pernoitamos.
No dia 25, a viagem para a região das Missões. De manhã realizou-se mais uma parada para identificação de solo. Após o almoço, os acadêmicos dirigiram-se para as ruínas de São Miguel das Missões, onde pararam e conheceram o museu e as ruínas desta civilização massacrada pelos espanhois.
A viagem transcorreu em clima descontraído e sem incidentes. Houve boa participação dos alunos nas atividades mesmo adentrando no sábado e domingo e mesmo sem terem tido oportunidade anterior de realizar a leitura de perfil, o que facilitaria o entendimento. Pode-se classificá-la como altamente produtiva, complementando as atividades em sala de aula. Recomenda-se que seja repetida com todas as turmas.
Legenda Foto: Acadêmicos de Agronomia da Faculdade IDEAU no Museu de Solos em Santa Maria/RS.