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Conhecer o passado para transformá-lo de forma positiva
O passado deve ser, de fato, presente e atuante, embora oculto. Um exemplo para ajudar a concretizar isto é pensar em uma folha de papel em branco, após pintá-la de azul. Se nos questionarmos da cor da folha após sua pintura falaremos que é azul, porém sabemos que o branco é o suporte, ele está ali, ele está presente, mas oculto. Age condicionando novas possibilidades e está sempre apto a uma nova experiência.
O exemplo citado nos chama a atenção da presença do passado na folha branca como atuante no presente que o modifica a todo instante basta transformá-lo.
Outro exemplo é recorrer a nossa própria história, nossa experiência de vida, nós mesmos percebemos isto no nosso testemunho: o passado não é um arquivo morto, ele atua presentemente, embora de forma oculta. À medida que caminhamos na vida relemos nosso próprio passado de uma forma diferente.
Compreendemos porque a história abarca todos os fatos, todos os tempos: eles estão à flor da nossa pele, possibilitando nosso viver. Tudo encontra seu sentido porque diz respeito ao existente, ao único existente de valor, isto é a nós
Para preservarmos e valorizarmos nossa história é preciso conhecê-la. Através do resgate histórico é possível compreender melhor o presente, principalmente o meio no qual estamos inseridos para transformá-lo e auxiliá-lo de forma positiva.
Falamos de fatos, fatos dos humanos, não falamos de coisas, mas de relações sociais. O relacionamento humano é uma ação faz-se algo, algo acontece.
Aos professores, agentes transformadores da realidade, cabe ajudar os educandos a visualizar e a compreender o meio que estão inseridos, formando mentes críticas. Que a partir da observação e análise de fatos possam formar conceitos, decidir e concluir com democracia. Fazendo expressar a realidade e expressar-se, refletindo sobre os valores que irão incorporando para formação de uma filosofia de vida.
A sociedade está aí em todos os seus segmentos: políticos, econômicos, científicos… e os conhecimentos também. Devemos salientar que o aprender pode estar no seu passado, na sua história. Vamos ajudar a descobrir e assumir responsabilidades, de ser elemento de mudança do meio. Descobrir, no sentido de tomar consciência dos problemas de nossa época para assumir um compromisso diante deles.
A dica é “quanto mais nos envolvemos, participamos, amamos nossa história nos tornamos efetivos cidadãos, conscientes, críticos e transformadores da realidade”.
*Neicla Piva Talian
Pedagoga e Especialista em Interdisciplinaridade na Educação Básica
Professora dos Anos Iniciais do Centro de Educação Ideau, Colégio Santa Clara